Hoje consigo interpretar o porque , desde que comecei a descobrir minha sexualidade, os meninos são grandes aficionados pelo próprio órgão sexual.
Longe dos fundamentos científicos – mas empiricamente – eu diria que homens adoram pintos. Tanto que, em banheiros públicos, homem faz xixi naquelas cubas enfileiradas onde alguns podem revelar e muitos esconder seus motivos de tanta comparação entre os garotos.
Quantas piadinhas e brincadeiras já foram feitas a respeito do “dote” masculino!
Com o tempo, um pouco mais conscientes, nos vemos impotentes diante do irremediável tamanho de nossos miúdos e, mais adultos, passamos a incrementar nossas necessidades de afirmação masculina na busca louca da grana, do poder e de todos os bens aparentes que essa nova situação permite comprar.
A questão, entretanto, ainda está lá. O tamanho do órgão passa então a ser medido pelo tamanho da nossa conta corrente, a qual dará a falsa impressão de poder e de consumo.
Continuamos olhando uns aos outros. Desta vez medindo o tamanho do dito cujo na potência dos automóveis do ano, nas fachadas, nos bens acumulados, nas griffes, na competição.
Os menos favorecidos de nós, recorremos ao pinto coletivo, os times de futebol, por exemplo, onde as torcidas se degladiam nessa auto-afirmação das dimensões de sua masculinidade. Chegam a morrer e matar por causa de 11 homens peludos.
E aqueles motociclistas que medem o tamanho dos respectivos “instrumentinhos” através dos decibéis emitidos por suas máquinas de duas rodas ??
Quanto dessa necessidade de afirmação através de um símbolo e de sua “metragem” diz da pobreza e falta de sensibilidade para conosco próprio e com nossas companheiras?
Isso para ficar somente no ato propriamente em si. Sem falar de todas as circunstâncias e todas as brincadeirinhas permitidas a quem, além do mecanismo da sexualidade, visualiza uma interação de sentimentos e afinidades.
Porque então a preocupação com as dimensões do intruso?
Preocupações estas que acabaram se esparramando também nas conversinhas femininas cujas vítimas, possivelmente dos conceitos cometidos por grandes intelectuais brasileiras do tipo loira-bunduda-burra, que abundam na mídia, transformaram-se muitas delas, ruivas, morenas, negras, brancas, loiras, em grandes interessadas no polinômio:
tamanho do pênis/grana/aparência/status esquecendo-se definitivamente do acolhimento, da delicadeza, da elegância natural.
Muitas delas, entraram de tal forma nessa ideologia, que passam a disputar com os homens nesse plano artificial em nome de um feminismo manco e burro.
Para muitos de nós, em breve haverá um banheiro comum, cheio daquelas cubinhas, onde homens e mulheres, indistintamente, poderemos satisfazer uns aos outros a curiosidade que temos a respeito das dimensões dos pênis alheios.
Homens e mulheres cuspiremos no chão, falaremos alto em restaurantes, buzinaremos freneticamente no trânsito e mostraremos o dedo do meio, furaremos filas nos bancos, empinaremos nossos narizes diante dos desvalidos e continuaremos a abaixar as cabeças àqueles de nós que possuírem as melhores contas bancárias, porque imaginamos serem eles os portadores dos maiores pintos.
Continuaremos achando que a vida é uma festa de consumo irracional. De turismo frenético. De agendas quanto mais lotadas melhor. De falta de tempo pra viver… Continuaremos trepando em vez de fazer amor
Continuaremos achando que a felicidade existe mas custa caro !
Aldo Della Monica
O texto abaixo, de Nathalí Macedo, foi publicado no site Entenda os Homens.
A pergunta que jamais calou (e ainda está longe de calar) no século XXI: O que as mulheres querem? De psicólogos a poetas, todos formularam infinitas teorias para tentarem explicar o mistério, e confesso que ainda não compreendi. Mesmo sendo mulher, e amando sê-lo, prefiro estudar todas as leis da metafísica do que tentar explicar as razões de uma TPM.