Menininho, ainda, ensinaram
que deveríamos adorar a deus
ajoelhando diante de uma imagem estática e sem vida,
dizendo baixinho palavras que mal entendiamos
ou ouvindo o discurso enfadonho e incompreensível
daquele homem de batina lá em frente ao altar.
Precisei envelhecer para me dar conta
de que Deus não é narcisista e não precisa ser adorado.
Outrossim, devemos honrar as maravilhas que ele nos deu,
cuidando de nossa saúde,
respeitando todos os seres,
caminhando nos parques,
abraçando-se a uma árvore,
sonhando baixinho nosso encantamento e esperança
… e ouvindo o cantar dos pássaros, que sempre
estão saudando com alegria
o novo amanhecer nosso de cada dia.
(aldo della monica)