O chão do meu quintalzinho continua assim.
Verdadeira pièce de résistance àquilo em que transformaram o meu Tatuapé velho de guerra: cheio de espigões,
que escondem nosso céu e que acumulam carros e mais carros por suas ruas.
O Tatuapé não é mais meu. Mas meu quintal continuará sendo.
Com o mesmo tanque onde mamãe se debruçou tantas vezes
para lavar nossas roupas. Até que conseguíssimos a primeira máquina de lavar.
Com o mesmo encanto que todos os quintais
provocam nos meninos e meninas.
Com todos os cantos de nosso cotidiano.
O grande esconderijo dos meus segredos da adolescência.
Aldo Della Monica